Gentileza, o segredo da felicidade

Gentileza, o segredo da felicidade

14 de novembro de 2020

O Dia Mundial da Gentileza é comemorado no dia 13 de novembro, pois foi este o dia de abertura da primeira conferência do World Kindness Movement®, ocorrida em Tóquio em 1998, e o 35º aniversário do Small Kindness Movement of Japan, que levou à assinatura conjunta da “declaração da gentileza” do World Kindness Movement em 1997.

O objetivo do Dia Mundial da Gentileza é fomentar o olhar para além de nós mesmos, para além das fronteiras do nosso país, além de nossa cultura, raça e religião e percebemos que somos cidadãos do mundo. Como cidadãos do mundo temos algo em comum e devemos compreender que, uma vez que a construção do progresso se dá a partir dos esforços humanos e das relações entre as pessoas, devemos nos concentrar no que temos em comum se quisermos alcançar o objetivo da coexistência pacífica. Quando encontramos semelhanças entre nós e os outros, começamos a sentir empatia, e assim podemos nos relacionar plenamente com essas pessoas. Embora possamos pensar em pessoas de outras culturas como sendo “diferentes” quando as comparamos com nossos próprios costumes e crenças, isso não quer dizer que sejamos melhores do que eles. Quando nos tornamos amigos de alguém com uma cultura diferente, descobrimos que, apesar de algumas diferenças óbvias, há muitas semelhanças.

No Brasil, a frase “Gentileza gera Gentileza” de José Datrino, conhecido como Profeta Gentileza, escreveu também centenas de frases sobre a importância da gentileza na vida das pessoas, nas pilastras no viaduto do Caju, RJ., nos anos80.

Enfim, Gentileza é um tema recorrente em nossas vidas.

Como tudo começa conosco, assim também o é com a gentileza. Gentileza para com o outro, começa com a gentileza consigo mesmo!

O Dia Mundial da Gentileza, nos estimula a refletir sobre o quanto somos gentis com o outro, com a natureza, com os animais e com a nossa casa “Terra”. Empatia e união em reconhecer que temos uma conexão com todos os seres vivos neste planeta maravilhoso, são os ingredientes da gentileza. À medida que nossos atos amáveis possam contribuir para o aumento da gentileza no mundo, as barreiras da segregação começarão a desmoronar-se, trazendo compreensão e felicidade para os povos do mundo.

Gentileza é um comportamento gerado pelos mais nobres sentimentos e habilidades humanas e hoje mais do que nunca precisamos de amor, de empatia, de tolerância, de perdão, bases da gentileza.

Tudo começa em nós mesmos. Se desenvolvermos nossa percepção, autoconhecimento e entrarmos em contato com nossos sentimentos e habilidades mais nobres, nossa relação com o mundo mudará e passaremos a exercer a gentileza de forma natural.

Falta de amor próprio, culpa, julgamento, autocrítica, não se perdoar, são alguns ingredientes que dificultam o ato de ser gentil conosco e por tabela para com o outro.

Assim, pense nisto, o quanto amor próprio você tem? O quanto você cuida de si mesmo? O quanto você se julga perfeito e não se não se perdoa, quando acha que errou? O quanto você se julga e critica?

Temos que ser mais tolerantes conosco, usar nossas experiências negativas para aprender e não para nos culpar. Quando achar que errou, porque não entender onde e porque ocorreu o erro, e extrair dele as aprendizagens? Se sentirmos algo desagradável, porque não entrar em contato com este sentimento e entender de onde vem, ao invés de se culpar? Internalizar que não somos perfeitos, pois estamos em constante aprendizagem e evolução. Que temos um proposito maior na vida: O de evoluirmos. Que errar e acertar fazem parte desta jornada, que embora possamos planejar o futuro, não temos controle sobre ele. Que somos viajantes de um tempo e influenciados e influenciando nosso meio. E assim, nos questionar: Que tipo de influência estamos recebendo e exercendo, neste mundo?

Estar presente, viver o presente é uma grande ferramenta que ajuda a responder estas questões.

Uma pesquisa demonstrou que a gentileza também pode nos deixar mais felizes. A professora Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, pediu aos participantes de um estudo que praticassem ações gentis durante dez semanas. Ela verificou que a felicidade aumentou no período do estudo, embora um senão: quem teve atitudes de gentileza variadas – segurar a porta aberta para um estranho passar, lavar a louça do colega de quarto – registrou nível bem mais alto de felicidade, mesmo um mês depois do fim do estudo, do que quem repetiu o mesmo ato várias vezes.

Não faz diferença em termos de felicidade se ajudamos um ente querido ou um estranho, mas o resultado pode ser diferente. “O ato pequeno e anônimo faz com que a gente se sinta uma pessoa muito boa”, diz a professora Lyubomirsky.

A gentileza nos faz bem de outras maneiras. O professor Stephen Post, autor de Why Good Things Happen to Good People (Por que coisas boas acontecem a pessoas boas), examinou os indícios de que ser gentil faz bem à saúde. Um estudo com 2.016 frequentadores de igrejas verificou que os que ajudavam os outros regularmente tinham mais saúde mental e menos depressão. Outros estudos constataram que as pessoas solidárias têm menos probabilidade de sofrer de doenças crônicas, e seu sistema imunológico tende a ser melhor. “Existe uma relação direta entre bem-estar, felicidade e saúde nas pessoas gentis”, diz Post.

A gentileza talvez ajude a regular as emoções, o que causa impacto positivo sobre à saúde. Se nosso instinto biológico automático do tipo “lutar ou correr” ficar ativo demais por causa do estresse, o sistema cardiovascular é afetado e a imunidade do corpo enfraquece. “É difícil ficar zangado, ressentido ou amedrontado quando se demonstra amor altruísta pelos outros”, afirma Post.

Lembre-se de que quanto mais você exercita a gentileza, mais você desfruta de bons sentimentos que realimentam o ser gentil com você mesmo e com o outro, num ciclo benéfico para todos e onde todos ganham.

Então, bora praticar a gentileza!