Transtorno de Ansiedade Social e Transtorno de Pânico: O que são? Quais as diferenças?

Transtorno de Ansiedade Social e Transtorno de Pânico: O que são? Quais as diferenças?

9 de novembro de 2020

Em primeiro lugar é preciso diferenciar a ansiedade normal da ansiedade patológica. Qualquer pessoa pode sofrer de angústia ou ansiedade por um certo período de tempo, em resposta a situações estressantes, tais como mudança de trabalho, ciclo de vida, doenças, medo de envelhecer, etc.. mas, para que a ansiedade se caracterize como patológica é preciso que os sintomas sejam persistentes ou recorrentes e provoquem prejuízos ao funcionamento pessoal ou tarefas diárias, em uma ou mais esferas da vida, tais como comunicação, sociabilidade, cuidado pessoal, lazer, trabalho, etc. Ou seja, a diferença está entre a intensidade, a frequência em que ela aparece e os impactos que causa na vida funcional da pessoa.

Na ansiedade patológica, a pessoa responde de forma inadequada a uma percepção ou estímulo, paralisando-a ou fazendo-a agir de forma “irracional”, trazendo dificuldades de adaptação as situações e ao ambiente. A pessoa pode sofrer distúrbios no sono, normalmente insônia, dificuldades para dormir, pensamento acelerado e recorrente sobre o futuro, normalmente pensamentos negativos sobre ele, sensação de vazio e angústia, fisicamente pode apresentar sudorese, palpitação, dores de cabeça, enjoo e distúrbios intestinais.

Como se pode perceber, o diagnóstico de transtorno de ansiedade nem sempre é fácil, pois estes sintomas podem apresentar em diversos tipos de outros transtornos. Por isto, na dúvida a pessoa deve procurar um especialista.

O transtorno de Ansiedade possui diversos tipos, dentre eles, tem-se o transtorno social (fobia social) e a crise ou transtorno de pânico.

O Transtorno Social se caracteriza pelo medo intenso em ser observado e julgado de forma negativa. É normal a pessoa ficar ansiosa diante de um público, mas se a pessoa não conseguir controlar os sintomas ansiosos e estes paralisarem, impedirem uma ação ou impactarem no comportamento, muito provavelmente seja transtorno de ansiedade. Ele é limitante, tem grande impacto na vida da pessoa, traz sofrimento e a incapacita de levar sua via cotidiana de forma “normal”, gerando inclusive, perda funcional em suas rotinas. Causa sintomas físicos, tais como taquicardia, palpitação, falta de ar, tremor, sudorese e ataques de pânico e impede a pessoa de executar atos simples, tais como falar, beber, conversar na frente de pessoas, conversar com estranhos, etc.. Os sintomas normalmente surgem até mesmo antes de uma situação real, bastando a pessoa pensar em uma situação em que se sinta avaliada de forma negativa.

O transtorno social pode trazer forte impacto na vida cotidiana da pessoa, na medida que todo o contato social se torna ameaça a imagem da pessoa, desencadeando os sintomas já citados.

Já a crise ou ataque de pânico são crises de angústia súbitas, atingindo o nível máximo de intensidade em aproximadamente dez minutos, com duração entre 15 e 30 minutos, com forte descarga no sistema autônomo.

Com a crise ou o ataque de pânico, vêm os sintomas de taquicardia, falta de ar, sensação de

asfixia, sudorese, tremor, formigamento ou perda de sensibilidade, ondas de calor ou calafrios, tontura, náusea ou desconforto abdominal, desrealização, despersonalização e medo de perda do controle ou morrer, medo e angústia crescente, com a forte sensação de que algo ruim vai acontecer. Quando isto ocorre, normalmente a pessoa sente medo de novo ataque, o que pode desencadear nova crise.

Mas, para ser transtorno de pânico, as crises devem ser repetitivas e inesperadas, fora de controle e com mais de três ataques em um mês.

O que fazer nos casos de transtorno de ansiedade?

O primeiro passo é um bom diagnóstico realizado por psicólogo ou psiquiatra. Confirmado o diagnóstico, o tratamento deverá ser realizado em conjunto com estes profissionais, podendo incluir tratamento medicamentoso, recomendado pelo psiquiatra.

Além disto, outras ações podem ajudar a pessoa a lidar com a ansiedade, amenizando-a ou mesmo prevenindo-a, tais como: mudança de estilo de vida, que busque hábitos saudáveis, realização de atividades físicas, alimentação saudável com apoio nutricional, yoga, meditação, terapia floral entre outras.